Imagem radical

A imagem radical denominada por Beiguelman opera a partir de um conjunto de estratégias e “jogos de operações” que produzem uma outra imagem com alteração da semelhança. Estas estratégias são usadas nas imagens artísticas do cinema, como descreve Rancière (2013), mas também em operações de interpretações algorítmicas e novas políticas de visibilidade nas quais a imagem radical aparece como uma imagem de resistência frente a tantos procedimentos, elucida a autora (Beiguelman, 2021, p. 46). Também podemos considerar como imagem radical os trabalhos de Raphael Fabre e Jake Elwes, expostos na Galeria Uso de IA para fins artísticos e curatoriais, nos quais os artistas usam deliberadamente os dados algorítmicos para fazer uma crítica aos procedimentos de clonagem e deep fake.