Imagem memética

A imagem memética é reconhecida como a grande protagonista das redes e representa uma nova vertente comunicacional, uma produção de comunicação de massa, feita por qualquer cidadão engajado nos temas dos acontecimentos diários. Pelas definições de Silva (2018) são constituídas de montagens com imagens e textos em tons satíricos, replicados e reapropriados infinitas vezes, cuja origem e autoria são impossíveis de serem rastreadas. Normalmente são criadas no calor dos acontecimentos e, devido à velocidade com que são produzidas e veiculadas, possuem uma composição mais rústica, satírica e vinculada às imagens apropriadas da grande mídia jornalística.

O termo “meme” foi criado antes da internet e cunhado pelo cientista Richard Dawkins (1976), baseado na teoria evolucionista de Darwin para definir uma unidade de transmissão da informação que se propaga de cérebro para cérebro por meio de um processo que pode ser chamado, em sentido amplo, de imitação e replicação.

Integrantes do Laboratório de Pesquisa em Comunicação, Culturas Políticas e Economia da Colaboração (coLAB) da Universidade Federal Fluminense criaram o projeto e um museu virtual #museudememes. No site homônimo, temos acesso a uma ampla coleção de memes onde pode-se ter uma ideia da amplitude do uso dessa linguagem midiática, replicadora cultural.

A imagem memética vai além do uso político, é uma linguagem midiática e global que marcou a comunicação nas redes sociais com seu léxico de linguagem singular. Suas características formais reforçam o caráter coletivo, de engajamento dos usuários e de adoção de práticas e procedimentos de copy and paste, resultando na diluição da autoria dessas narrativas efêmeras.