Imagem digital

A imagem digital é uma imagem numérica que abre uma nova era da imagem, segundo Couchot (2003). A partir da fotografia, os automatismos desencadearam cada vez mais novas associações entre a tecnicidade figurativa e uma figura da subjetividade. Esta imagem, ao se automatizar, ganha independência, como vemos na evolução tecnológica da imagem e sua transmissão – a imagem fixa, fruto da ampliação com nitrato de prata –, do cinema, do vídeo e da televisão, até da imagem digital do computador e celulares.

A imagem digital é gerada a partir de uma imagem-matriz – denominação da imagem calculada pelo computador –, que se apresenta fisicamente sobre a tela, por meio de duas dimensões de pontos, os pixels. A distribuição dos pixels é definida rigorosamente pelo cálculo numérico da máquina, e todas as características de luminosidade e cor dependem dessa varredura numérica. Importante observar que a imagem-matriz já traz em seu nome uma característica da reprodutibilidade técnica: ela é a base para replicações infinitas, para novos cálculos computacionais. A fonte dessa imagem pode ser real (um objeto, pessoas ou uma imagem impressa que será “transformada” em uma imagem
digital), ou ainda pode ser construída e modelizada a partir de coordenadas numéricas – nesse caso, a fonte da imagem não é mais um objeto, mas um processo computacional, cuja técnica permite a visualização de imagens em outros planos (visões de um espaço utópico) e obedece a outra lógica de visualização (COUCHOT, 2003).