Imagem articulada

Esta imagem representa o amalgamento da imagem digital articulada a sensores com funções variadas. Beiguelman (2020) aponta as aplicações desse tipo de imagem que depende do funcionamento de uma prótese de captação de sistemas de outras naturezas (e não óptico) para gerar a visualização da imagem articulada a que temos acesso.

Esta imagem articulada pode refletir, por exemplo, a radiação de diferentes objetos ou corpos. Os sensores identificam e medem a energia de determinados comprimentos de onda. Beiguelman observa que durante a pandemia da covid-19, tivemos contato com esse tipo de sensor, o das câmeras térmicas, o mesmo dos termômetros-revólveres que operam no espectro infravermelho. Esses são atrelados a câmeras ou drones de monitoramento e também são usados em fronteiras, zonas de guerra, para medir a presença de humanos por meio de sensores termostáticos. Na China, usa-se como um sistema de controle da mobilidade da população, e na Amazon, esta imagem articulada permite o monitoramento dos funcionários da empresa, acompanhando os possíveis núcleos de contágio do vírus.

As informações visualizadas pela imagem articulada podem ser úteis em sistemas de combate à pandemia. Entretanto, a discussão sobre o uso dessas ilustra a problemática da opacidade dos sistemas informacionais na medida em que nós, cidadãos, doamos involuntariamente, via nossos corpos, dados e arquivos que podem ser usados para outros fins. A imagem articulada apresenta a tendência do desenvolvimento de uma ciência pervasiva por políticas de vigilância (BRUNO, 2013). Ver imagem vigilante e imagem porosa.