A imagem pobre é uma imagem que perde resolução e se adequa às configurações algorítmicas da mídia na qual navega com o objetivo de circular rápido. É uma imagem “feita para viajar”, segundo Hito Steyerl.
A imagem “pobre” já foi carregada (uploaded), baixada (downloaded), compartilhada, reformatada e reeditada. Ela transforma qualidade em acessibilidade […]. É uma ideia visual em circulação, uma cópia em movimento, uma aceleração, um thumbnail, uma ideia errante, uma imagem itinerante, distribuída gratuitamente. (STEYERL, 2009, p. 1)
A possibilidade de circulação de uma produção mais conceitual e independente das grandes instituições e corporações é o ponto central do argumento da autora em defesa da circulação das “imagens pobres”. Além disso, o acesso a produções de materiais audiovisuais raríssimos, de trabalhos ensaísticos, não comerciais, jamais veiculados anteriormente em circuitos convencionais e que agora são disponibilizados em redes como YouTube, Tik Tok e Instagram, justifica a circulação de cópias e novas produções das “poor images”, também traduzidas por imagens ruins.